quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
E segue a história...
Módulos de Luz, 1995 Quase-relevos
Anotaçoes para Módulos de Luz
Alphavelas(com ripinhas coladas)
Passei parte da infância em Brasília. Filha de pai arquiteto, desde pequena estive em contato com obras, construções e projetos. Vi, por exemplo, as fundações da Catedral de Brasília e de outros edifícios de Niemeyer. Em minha memória visual e afetiva estão aqueles elementos construtivos (a fachada do palácio da Alvorada, o Itamaraty, as avenidas e viadutos, a serialidade das colunas).
Tendo nascido no Rio de Janeiro e residido em Brasília de fato eu conhecia tanto os sinais de uma cidade nascendo, construída dentro de um plano-pilôto, como uma cidade de paisagens marinhas; uma cidade solar, cheia de curvas; a cidade que inspirou Niemeyer, Tom Jobim, Vinicuius. Enfim, a cidade onde nasci.
Pode-se dizer que até este ponto, a poética do trabalho possuía bases autobiográficas,mas continuava a estudar. Fazendo novas leituras, deparei-me com outras referências que passaram a fazer parte de meu processo.
Depois da série Alphavelas, pensaria o suporte como obra em si, tentando alterá-lo, inicialmente colando pequenas ripas sobre a superfície frontal. Estas ripinhas pareciam flutuar sobre o fundo quase sempre mocromático.
1992 - Nos trabalhos denominados por Tadeu Chiarelli “Quase Relevos” - as mesmas dimensões frontais (1.80 x 1.10m) das Alphavelas-com espessuras alteradas (0,5 x 0.15), transformaram o trabalho num objeto, digamos, pintado.
Estruturas em madeira, construídas no atelier do escultor David Zugman serviriam de suporte para a tinta, aplicada em finas camadas por trapos de pano. Na base e no topo usava a tinta acrílica fosforescente, geralmente amarelos e vermelhos.
Apenas um destes objetos ficava completamente fora do plano, colocado no centro da sala da galeria Casa da Imagem (pertence ao acervo Fundação Cultural de Curitiba), fora da parede. Era o único tridimensional.
A experiência com a tridimensionalidade foi passageira; o peso dos volumes me pareceu excessivo, a similitude com o minimalismo norte-americano podia conduzir-me a conceitos falsos dentro de minha trajetória. Não era a escultura o que buscava, era a leveza.
Depois da exposição, escrevi:
“Apesar da serialidade e da monocromia, usando as “margens de risco”e as cores fosforescentes de contrastes radicais, vejo minha pintura em confronto com dogmas minimalistas aos quais se pode querer associá-la... Não sou escultora minimalista, sou uma pintora. Aplico a cor sobre superfícies e aceito seus acidentes, seus “defeitos”.
Revia minhas leituras, procurava referências na história recente da arte brasileira e em trabalhos anteriores. Os novos projetos traziam mais secções. Era como se traçasse paralelas na superfície frontal daqueles “quase-relevos”. Enquanto pensava na cor, ouvia falar sobre o fim da pintura.
Tendo nascido no Rio de Janeiro e residido em Brasília de fato eu conhecia tanto os sinais de uma cidade nascendo, construída dentro de um plano-pilôto, como uma cidade de paisagens marinhas; uma cidade solar, cheia de curvas; a cidade que inspirou Niemeyer, Tom Jobim, Vinicuius. Enfim, a cidade onde nasci.
Pode-se dizer que até este ponto, a poética do trabalho possuía bases autobiográficas,mas continuava a estudar. Fazendo novas leituras, deparei-me com outras referências que passaram a fazer parte de meu processo.
Depois da série Alphavelas, pensaria o suporte como obra em si, tentando alterá-lo, inicialmente colando pequenas ripas sobre a superfície frontal. Estas ripinhas pareciam flutuar sobre o fundo quase sempre mocromático.
1992 - Nos trabalhos denominados por Tadeu Chiarelli “Quase Relevos” - as mesmas dimensões frontais (1.80 x 1.10m) das Alphavelas-com espessuras alteradas (0,5 x 0.15), transformaram o trabalho num objeto, digamos, pintado.
Estruturas em madeira, construídas no atelier do escultor David Zugman serviriam de suporte para a tinta, aplicada em finas camadas por trapos de pano. Na base e no topo usava a tinta acrílica fosforescente, geralmente amarelos e vermelhos.
Apenas um destes objetos ficava completamente fora do plano, colocado no centro da sala da galeria Casa da Imagem (pertence ao acervo Fundação Cultural de Curitiba), fora da parede. Era o único tridimensional.
A experiência com a tridimensionalidade foi passageira; o peso dos volumes me pareceu excessivo, a similitude com o minimalismo norte-americano podia conduzir-me a conceitos falsos dentro de minha trajetória. Não era a escultura o que buscava, era a leveza.
Depois da exposição, escrevi:
“Apesar da serialidade e da monocromia, usando as “margens de risco”e as cores fosforescentes de contrastes radicais, vejo minha pintura em confronto com dogmas minimalistas aos quais se pode querer associá-la... Não sou escultora minimalista, sou uma pintora. Aplico a cor sobre superfícies e aceito seus acidentes, seus “defeitos”.
Revia minhas leituras, procurava referências na história recente da arte brasileira e em trabalhos anteriores. Os novos projetos traziam mais secções. Era como se traçasse paralelas na superfície frontal daqueles “quase-relevos”. Enquanto pensava na cor, ouvia falar sobre o fim da pintura.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Joseph Beuys-sobre desenho
Joseph Beuys, Fan Photo, 1982, black-and-white photograph, 12 x 9-3/8 inches, Alfred and Marie Greisinger Collection, Walker Art Center, T. B. Walker Acquisition Fund, 1992
"Se eu não tivesse feito todos estes desenhos, não teria podido fazer meu trabalho político. Creio também que, sem este trabalho, eu teria conceitos falsos na cabeça. Estes desenhos, eu os considero, ainda hoje,como uma das coisas mais importantes que eu já realizei, pois estes ensaios ou este aspecto experimental do desenho, representam, a meu ver,um sistema infinitamente importante que ainda está por ser descoberto, mesmo para mim".
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Trechos
...Por que você acha que a beleza, que é a coisa mais preciosa do mundo jaz como uma pedra na praia à mercê de um passante descuidado que a pegue casualmente? A beleza é algo maravilhoso e estranho que o artista capta do caos do mundo no tormento de sua alma. E quando faz isso, não é dado a todos conhecê-la. Para reconhecê-la, é preciso repetir a aventura do artista. É uma melodia que ele canta para você, e para ouvi-la novamente em seu próprio coração é preciso conhecimento, sensibilidade e imaginação....
(extraído de "The Moon and Sixpence", de W. Somerset Maugham, trad. Rosane Maria Pinho, pág 78)
(extraído de "The Moon and Sixpence", de W. Somerset Maugham, trad. Rosane Maria Pinho, pág 78)
domingo, 19 de abril de 2009
Obra prima
sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Eu sei que você fez os seus castelos...
Difícil de acreditar, mas o castelinho do Valentim existe no centro do Rio de Janeiro, ou seja, Santa Teresa. Pelo lado direito, tendo como quintal a mata (franja) Atlântica, fica a casa do Toninho Vaz (que fez a foto) e da Naná, onde circulam micos, papanás e tucanos, sem contar os animais da casa, boxer, pitbul e angorás. Vou até lá, vestindo minha pele de asno, confraternizar com a natureza.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
aquela história...1989
A exposição de pinturas Alphavelas, na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro e no Museu de Arte Contemporânea, em Curitiba, mostrava o resultado de algum tempo de trabalho (desde aprox. 85 até 89). Eram quadros de eucatex, recobertos com tecido, pintados com tinta acrílica. As dimensões (180 x110x 5cm) davam “corpo” ao objeto; a estrutura ganhava relevância, começava a fazer parte da obra. As cores predominantes eram os azuis. As camadas de tinta avançavam até as espessuras. Na superfície do plano pictórico pontos em cores luminosas sugeriam a representação de luzes urbanas. Dependendo da maneira como eram agrupados, estes pontos de luz remetiam também a projetos para monumentos arquitetônicos ou a paisagens de um mundo fictício, do futuro, céus noturnos. O momento era de expansão imaginativa, porém sabia da necessidade de aprender mais sobre as possibilidades da tinta acrílica. O apoio e a orientação amiga do pintor Rogério Dias foram determinantes.
O termo Alphavela foi do Leminski, o texto também
“ao vê-las, a primeira vez, exclamei:
-Alphavelas! aqueles espectros de cidade,
favelas subindo morro acima em megalópoles
interplanetárias, alphavilles de Flash
Gordon/ Blade Runners.
miragem figurativa minha, ilusão de ótica de
um repertório inferior que quer ver formas do
mundo onde só existem formas cheias de si
mesmas
mas não há só figura e não-figura: há,
sobretudo, um território limítrofe,
transfigurado
Alphavelas de Leila - transfigurações
a fronteira é o país mais emocionante, a indecisão como
fonte de prazer significante
uma Alphavela é uma cidade nesse território:
alphavelas matutinas, vespertinas, noturnas
contemporâneos futuros. a cidade não é um
mero fruto da necessidade e do acaso: é um
arquétipo da mente
as alphavelas de Leila são arquétipos da
sensibilidade, portas/janelas para uma
desmedida dimensão”
O termo Alphavela foi do Leminski, o texto também
“ao vê-las, a primeira vez, exclamei:
-Alphavelas! aqueles espectros de cidade,
favelas subindo morro acima em megalópoles
interplanetárias, alphavilles de Flash
Gordon/ Blade Runners.
miragem figurativa minha, ilusão de ótica de
um repertório inferior que quer ver formas do
mundo onde só existem formas cheias de si
mesmas
mas não há só figura e não-figura: há,
sobretudo, um território limítrofe,
transfigurado
Alphavelas de Leila - transfigurações
a fronteira é o país mais emocionante, a indecisão como
fonte de prazer significante
uma Alphavela é uma cidade nesse território:
alphavelas matutinas, vespertinas, noturnas
contemporâneos futuros. a cidade não é um
mero fruto da necessidade e do acaso: é um
arquétipo da mente
as alphavelas de Leila são arquétipos da
sensibilidade, portas/janelas para uma
desmedida dimensão”
Lugar do Leminski
..."o conservadorismo artístico irmana os extremos- acadêmicos de direita e de esquerda escrevem do mesmo jeito, raciocinam com a mesma lógica, acreditam na mesma linguagem"...
extraído do livro "Anseios Crípticos", de Paulo Leminski, Ediçoes Criar,pág. 67 )
extraído do livro "Anseios Crípticos", de Paulo Leminski, Ediçoes Criar,pág. 67 )
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Rio, mas também posso chorar
terça-feira, 14 de abril de 2009
Oswald de Andrade
"Ainda uma vez hoje se procura justificar politicamente as artes, dirigi-las, oprimi-las, fazê-las servirem a uma causa ou uma razão de Estado. É inútil.
A Arte livre, brinco e problema emotivo, ressurgirá sempre porque sua última motivação reside nos arcanos da alma lúdica".
A Arte livre, brinco e problema emotivo, ressurgirá sempre porque sua última motivação reside nos arcanos da alma lúdica".
domingo, 12 de abril de 2009
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