terça-feira, 29 de setembro de 2009

um poema feito para mim.do livro "Longa Vida",1979-1981,de Armando Freitas Filho, Editora Nova Fronteira, RJ, pag 97.


Leila Pugnaloni

tão longe, lointain
a léguas
em qualquer língua
longínquo punhal de mel
volte logo
de Londres- Curitiba
e me atravesse
pois para quem espera
seis dias ou seis meses
podem parecer seis séculos
e o coração que bate
e lança
e corre
atropelado na Av. Rio Branco
dentro
do elevador
de si mesmo
subindo e descendo
na escada rolante da Sears
na escala volante do pensamento
o coração que mergulha
apunhalado
em frente ao Sol
no meio da onda
em pleno verão
sabe
que na verdade nada temos
a fazer na vida
( já que ela vive sem nós)
a não ser
inventá-la
a partir do ar
a partir
da linha do horizonte
como quem desenha
a partir
do branco
como quem escreve
na beira do espaço
seu nome
Leila Apunhalante

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

foto: Ana Barrios
PUGNALONI In Italia : 270 persone hanno il cognome Pugnaloni secondo i nostri datiIl cognome Pugnaloni è il 12 707° più diffuso in Italia.
5 % degli italiani dal cognome Pugnaloni vivono in provincia di Ancona­.

domingo, 27 de setembro de 2009















coleção Eleonora Greca, Curitiba
coleção Beatrice Sasso (Rio de Janeiro)





"Eu acho a Leila uma das artistas mais importantes deste país, nesse momento. De talento, nem se fala, claro. Ela inventa, cria, desmonta, constrói, reconstrói - numa trajetória cheia de coerência."

Ziraldo, cartunista(2002 ou 2003-está no outro livro, o do texto do Fernando Bini)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

Poesia em prosa


1969. O poeta Paulo Leminski deixa Curitiba e desembarca (com amigos) no Rio de Janeiro. Sua primeira parada seria a casa do jornalista e escritor José Louzeiro, em Santa Teresa, onde ficariam hospedados por algumas semanas.
(...)
Para “engrossar o caldo” de suas atividades, Louzeiro escreveria um artigo chamado “Os hippies que vieram em busca do sol”. Falava-se neles como “os curitibanos”. Louzeiro admite que o cotidiano da casa podia ser tenso em alguns momentos, devido ao excesso de contingente, mas foi sempre criativo. Ele ainda hoje acredita ter assimilado um conceito novo sobre a posse de livros e os cuidados com eles. Sua vasta e bem conservada biblioteca compunha o cenário de um dos cômodos da casa:
- Até conhecer o Leminski eu tinha ciúmes de livros, não os emprestava com medo de não serem devolvidos. Ele, ao contrario, dizia que livros eram para ser lidos e não guardados em prateleiras como objetos decorativos. Escrevia poemas em papel higiênico, nas revistas, nos meus livros, em qualquer superfície... Eu aprendi com ele que o importante não é o papel, mas o que está impresso nele.
Foi Louzeiro quem programou um encontro de Leminski com o professor Antonio Houaiss, seu compadre. O que aconteceu naquela noite foi um choque de gerações unidas pelo mesmo interesse: a linguagem.


(Trecho do livro Paulo Leminski, o bandido que sabia latim, de Toninho Vaz)

Continua num outro dia.

sábado, 19 de setembro de 2009



ilustração feita para Maria Christina Andrade Vieira, no livro "Conversa Nua", 2003

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009




O Solda

Mestre da charge, do desenho, da linguagem gráfica. Talento brasileiro, nascido em Itararé, Paraná. Meu amigo.
foto Ana Barrios

Toninho Vaz no inverno,...


...na cozinha aqui de casa.
Jornalista, editor, escritor, roteirista de tv,enfim um talento do Brasil, nascido em Curitiba.Meu amigo.
foto de Ana Barrios

terça-feira, 15 de setembro de 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009



...Convidada por uma tia que vive em NY (Esther Gomes de Abreu), freqüentei a “Art Students League of New York”. As aulas de desenho da figura humana com o professor Marshall Glasier enfatizavam a compreensão da forma, a partir da observação direta do modelo. Grandes formatos, inicialmente usando carvão macio, procurando linhas imediatas. Com a prática, os traços passavam a ser feitos com bastões de bambu embebidos em nanquim diluído. Glasier orientava os alunos com “máximas”, como esta : “a arte não vem das universidades (que ensinam pessoas a ensinar pessoas...)”ou então: “conserve o olhar abrangente...não use borracha - quando traçar linhas erradas com o carvão, passe a mão e corrija... o desenho lhe responde quando as formas estão nos lugares certos”... Não se tratava apenas de soltar o traço, mas de saber também onde contê-lo. Apesar da proposta de espontaneidade, havia o rigor, a busca por um traço seguro, capaz de harmonizar o resultado, incluindo nele também os “erros”...
( Leila Pugnaloni)















domingo, 13 de setembro de 2009

Agenda de sábado

Meu amigo Toninho Vaz recebe para entrevista – em Santa Teresa, Rio – a repórter Paula Nadal, da revista Bravo. Foi ontem. O assunto entre eles é Heitor Villa-Lobos, que vai ganhar edição especial em outubro, homenagem destacada pelos cinqüenta anos de sua morte. (Toninho está escrevendo uma nova biografia do maestro – e já tem novidades). A cena se completa com o concertista Mario da Silva – carioca, mas professor da Federal do Paraná – executando obras para violão do controverso gênio da música.
Um detalhe: a repórter Paula Nadal, também violinista e estudiosa em música erudita, nasceu e estudou em Ponta Grossa.

Tanka , Wilson Bueno

casa do poeta
nova noite de setembro
ouvimos o vento?

vem de um lembra que não lembra
lua antiga, conto, lenda

sábado, 12 de setembro de 2009

1985

texto de Alice Ruiz
desenho meu

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

inédito


poema do Leminski e ilustrações minhas, tudo feito ao mesmo tempo, 1987

Deu na revista





A Revista da Cultura (da rede de livrarias de SP) circula com nova edição neste final de semana, onde se destacam uma entrevista com o ator Antonio Fagundes e uma reportagem especial sobre Paulo Leminski. Com direito a entrevista com Toninho Vaz (ao lado de Leminski e amigos, em foto de Julio Covello, 1981). Eis um trecho:


RC - Depois de 20 anos da morte do Leminski, a figura dele ainda é bastante presente em Curitiba. Mas quanto à obra, Leminski tem sobrevivido bem a essas duas décadas?


TV – A crítica considera o tempo ideal para o assentamento dos valores de uma obra literária. Um fator que beneficia o julgamento do trabalho do poeta do Pilarzinho, agora já bastante aceito pelos críticos mais céticos. A novidade nesta paisagem é o desaparecimento do folclore das drogas e das biritas, da boemia desregrada ou, em muitos casos, do suicídio consentido, ainda que involuntário. As novas gerações, para as quais eu costumo me dirigir em minhas palestras, não estão mais nesta onda de autodestruição. Nem como elemento poético. Hoje pode-se aceitar Paulo Leminski, claramente, como um intelectual, um pensador.

RC - A estréia de Leminski foi com um romance. Por que o poeta estréia com um livro de prosa (ainda que seja uma prosa poética)? Esse tipo de contradição vinha da personalidade dele?

TV – Podemos considerar este fato uma contradição, mas a verdade é que o poeta nasceu junto com o prosador. O Catatau surgiu de um conto escrito por Leminski ainda nos anos 60, mesmo época dos primeiros poemas. Poesia em prosa, eis a coerência do romance. O Waly Salomão dizia que Leminski era uma “convergência de contradições”, por suas origens negras e polacas, por ser um grande atleta (faixa preta de judô) e um grande boêmio; um bandido que sabia latim.


RC - Como leitor, acha que Catatau é o livro mais importante do P.L?

TV – A construção do Catatau assinala uma performance de grande conotação épica, um monolito do autor para as gerações e leitores futuros. O signo está no pensamento cartesiano, europeu, branco, posto para derreter no calor dos trópicos, na Frisjburg concebida pelos holandeses em Olinda. É uma fábula com todos os elementos codificados, uma homenagem declarada a Grande Sertão, Veredas, de Guimarães Rosa.


RC - Por que os livros de Paulo Leminski estão fora das estantes? Mesmo Catatau, que ganhou nova edição da Travessa, em 2006, já está esgotado novamente. Isso certamente dificulta o entendimento de sua obra, não? Tem noticia de algum projeto de reedição das obras?
TV - O problema, acredito, está no fato de suas obras estarem espalhadas por várias editoras – o que dificulta a idéia de obras completas ou reunidas. Há mais demanda do que oferta dos livros do Leminski.
Veja a reportagem completa:

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

sobre pintura e fosforescência...anotações, 1993

..." propagar a cor para fora do plano, no espaço; atingir o olhar intensificando a cor. .. conceitos tradicionais da pintura como a aura do objeto artístico ... a cor-luz, de Hélio Oiticica... tintas foscas, intensificadas com tintas fosforescentes...combinações retiradas das imagens de vídeo, dos anúncios luminosos, da fiação subterrânea... conduzir energia ao espectador...utilizar a fosforescência como um diferencial em meu trabalho..."

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Fotos da Ana Barrios, Fazenda São Lourenço, Castro-PR

a casinha de bonecas



com Célia e Karina Marques Canha

Francisco e João Francisco Canha
foto Ana Barrios




a água consumida na fazenda é mineral...