Idéias em forma de luz Manoel Carlos Karam
(Era uma vez.)Uma história: procurava a luz, ao mesmo tempo era procurada pela luz. Encontrou e foi encontrada. A mão no pincel, a luz na ponta do pincel.Nada se perde, tudo se transforma em luz. Luzes em linha reta, luzes paralelas, luzes que se encontram aquém do infinito. Não há pincel, não há tinta, basta uma varinha mágica.As mãos e a obra
(Eram duas vezes.)Ateliê = andaime. Descrição de um ateliê: vaivém, entra-e-sai, algaravia interna, som da rua, música, telefone, paz. Sempre assim no Rio, New York, Brasília, Curitiba.(No ateliê de Curitiba, exclusividade, o abanar de rabo da Valentina.)A Leila que fugiu da escola faz do ateliê o lugar de preencher o vazio, o lugar de ter consciência do inconsciente, o lugar de mixar influências e afluências, o lugar.Foi no ateliê onde, um dia, sem tinta, restou usar a luz do sol.Jardim com rodas
(Eram três vezes)A reinvenção do jardim seguida da reinvenção da roda. A reinvenção da roda seguida da reinvenção do trânsito. A reinvenção do trânsito seguida da reinvenção da travessia.Jardins Transportáveis: planta + desenho sobre papel sob placa de vidro. (No jardim nascem traços.)Jardim com direito de ir e vir.
Leila reinventada, Ana reinventada, a tribo reinventada.
(Eram n vezes.)