Nossos anfitriões, Ivana e Chiquinho Canha
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Fragmento do livro DESENHOS, texto de Nilza Procopiak
..."O único objetivo de Leila, ao pegar a canetinha de arquiteto, o bastão de bambu ou o pincel com nanquim, é o ato de desenhar: "Agora eu vou desenhar!", a artista explica. Não existe a pré-cognição do tema ou o desejo de traçar algo especificamente pré-concebido. E deste ato de vontade sairá, indiscutivelmente, uma obra de arte. A artista possui o direito e o dever de exercer a criação que ela conhece e domina profundamente.
Assim, o importante, para a artista, diz respeito à sua expressão artística, sendo ela o sujeito para a elaboração das formas. Ao enfatizar aqui a artista como sujeito, salienta-se o papel primordial do seu repertório, sua identidade e sua personalidade – da essência interior que ela possui – para se expressar através dos materiais e do gesto.
Ao artista é requerido o domínio de três fatores básicos: o conhecimento dos materiais, da história da arte e da aplicação ou uso artístico destes mesmos materiais. Acrescenta-se à trilogia, o que se chama em alemão: weltanshauung, ou concepção do mundo, filosofia de vida, entendimento. Todos são atributos que atingem a plenitude na artista.
O fato dela não pré-selecionar a linguagem em seu desenho, faz com que ele se torne relacionado visceralmente ao momento da criação.
Como a qualidade da obra de Leila é imanente – permanente e inseparável – à sua vida, a continuidade de seus desenhos pode ser descrita como círculos concêntricos tendo a artista como centro e origem. Portanto, teoricamente, a cada ângulo que ela se dirija poderá haver vertentes infinitas.
Porém, isto não acontece porque suas linguagens mantêm as características que denotam a sua autoria e, portanto, são contidas em número.
O que ocorre, entretanto, é que suas linguagens são sincrônicas, não no sentido que todas elas se apresentem ao mesmo tempo. Mas sim, no sentido figurado, em que obras de anos atrás possam ser facilmente comparadas a outras executadas hoje em dia..."
Assim, o importante, para a artista, diz respeito à sua expressão artística, sendo ela o sujeito para a elaboração das formas. Ao enfatizar aqui a artista como sujeito, salienta-se o papel primordial do seu repertório, sua identidade e sua personalidade – da essência interior que ela possui – para se expressar através dos materiais e do gesto.
Ao artista é requerido o domínio de três fatores básicos: o conhecimento dos materiais, da história da arte e da aplicação ou uso artístico destes mesmos materiais. Acrescenta-se à trilogia, o que se chama em alemão: weltanshauung, ou concepção do mundo, filosofia de vida, entendimento. Todos são atributos que atingem a plenitude na artista.
O fato dela não pré-selecionar a linguagem em seu desenho, faz com que ele se torne relacionado visceralmente ao momento da criação.
Como a qualidade da obra de Leila é imanente – permanente e inseparável – à sua vida, a continuidade de seus desenhos pode ser descrita como círculos concêntricos tendo a artista como centro e origem. Portanto, teoricamente, a cada ângulo que ela se dirija poderá haver vertentes infinitas.
Porém, isto não acontece porque suas linguagens mantêm as características que denotam a sua autoria e, portanto, são contidas em número.
O que ocorre, entretanto, é que suas linguagens são sincrônicas, não no sentido que todas elas se apresentem ao mesmo tempo. Mas sim, no sentido figurado, em que obras de anos atrás possam ser facilmente comparadas a outras executadas hoje em dia..."
Tempo
domingo, 30 de agosto de 2009
primeiras imagens do fim de semana na Fazenda São Lourenço, Castro-PR
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
1995, fragmento do texto de Paulo Herkenhoff
..." Em algumas pinturas de Leila Pugnaloni, há uma cor que arde. É como uma brasa viva. Iluminante. Resplandece dos planos laterais para ocupar os espaços entre os módulos. O território de luz é uma pintura do vazio. A luz que vem dos lados é fosforeada pela cor pictórica. E esse vazio entre os módulos, alaranjados, nos remetem à idéia de um Cubocor* sem corpo, sem espaço de pura luz. Pugnaloni oblitera as fronteiras da cor, entre a sua incorporação delimitada pelo plano e aquela revelação luminosa.
Não se pode confundir as inovações tecnológicas com alteração meramente física da substância sensível da pintura. Elas só interessam quando permitem rearticulações estéticas da experiência da pintura. A tinta day glo é um significante do “misticismo de baixo custo”, diz o pintor Peter Halley criticando o modernismo idealista. “É o resplendor crepuscular da radiação”, define. As possibilidades do signo pictórico defrontam-se agora com a contravertida questão da substância do signo. Tudo isso remete à investigação da coerência desse interesse de Pugnaloni na obra do americano Peter Halley e, ao mesmo tempo, de alguns brasileiros, especialmente neoconcretos. Na América Latina falou-se de uma “geometria sensível”, que não se quer aqui como a imprecisão romântica de uma bela alma geômetra, mas um campo de tensões, não exclusivamente plásticas, mas permeados pelos fatos da vida, seja a paisagem social no americano, seja o resgate do sujeito no horizonte brasileiro. A crise da geometria não é de esgotamento formal, mas de seu processo de significação. Pugnaloni está entre os artistas que propõe que o olhar esqueça a geometria e pense pictorialmente"...
Não se pode confundir as inovações tecnológicas com alteração meramente física da substância sensível da pintura. Elas só interessam quando permitem rearticulações estéticas da experiência da pintura. A tinta day glo é um significante do “misticismo de baixo custo”, diz o pintor Peter Halley criticando o modernismo idealista. “É o resplendor crepuscular da radiação”, define. As possibilidades do signo pictórico defrontam-se agora com a contravertida questão da substância do signo. Tudo isso remete à investigação da coerência desse interesse de Pugnaloni na obra do americano Peter Halley e, ao mesmo tempo, de alguns brasileiros, especialmente neoconcretos. Na América Latina falou-se de uma “geometria sensível”, que não se quer aqui como a imprecisão romântica de uma bela alma geômetra, mas um campo de tensões, não exclusivamente plásticas, mas permeados pelos fatos da vida, seja a paisagem social no americano, seja o resgate do sujeito no horizonte brasileiro. A crise da geometria não é de esgotamento formal, mas de seu processo de significação. Pugnaloni está entre os artistas que propõe que o olhar esqueça a geometria e pense pictorialmente"...
* Obra monocromática do artista neoconcreto Aluísio Carvão, 1960. 16,5 x 16,5 cm
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
perfume de jasmim
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Ganhei estes versos de Selena Sartorelo por causa do desenho do gato
Furtivo o gesto do gato
Assune o olhar do felino
Escolhe a rosa para roubar
Quer ser o possuidor daquele cheiro
Perfume raro roubado
pelos dedos desse olhar
Uma linha que instiga.
Assune o olhar do felino
Escolhe a rosa para roubar
Quer ser o possuidor daquele cheiro
Perfume raro roubado
pelos dedos desse olhar
Uma linha que instiga.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Hoje Paulo Leminski faria 65 anos
quando eu tiver setenta anos
então vai acabar esta minha adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência
( Paulo Leminski)
então vai acabar esta minha adolescência
vou largar da vida louca
e terminar minha livre docência
vou fazer o que meu pai quer
começar a vida com passo perfeito
vou fazer o que minha mãe deseja
aproveitar as oportunidades
de virar um pilar da sociedade
e terminar meu curso de direito
então ver tudo em sã consciência
quando acabar esta adolescência
( Paulo Leminski)
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Mestre desta noite: ANNA LETYCIA QUADROS
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Wilson Bueno na linha...
...chegando em casa, às 11:30 da noite, isto porque de casa não sai há uma semana, enfurnado a escrever seu novo romance, já contratado com a Editora Planeta, meu querido Bueno , sem maiores introduções, já vai pondo no bocal do telefone a última música baixada em seu celular: a fascinante "intro O 5"onde Waly Salomão e o Rappa cantam aos gritos e sussurros que "A memória é uma ilha de edição".
As velhinhas curitibanas que nós imitamos, com forte Sotaque Regional, bem, essas, ficam para a próxima edição...
As velhinhas curitibanas que nós imitamos, com forte Sotaque Regional, bem, essas, ficam para a próxima edição...
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