quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cenas da abertura da exposição "Ponto de Partida", gal. Colecionador Contemporâneo, RJ- Shopping Cassino Atlântico, loja 224- Piso 1.Prorrogada até 20 de agosto.



Ludwig Danielian



Geléia da Rocinha, Marco A. Teobaldo,Paulo Carapunarlo, Leila Pugnaloni,  Ludwig Danielian, Bernardo Marques e Jorge  Fonseca
por Guido Cavalcante:
"Hoje passei uma parte da tarde com Leila Pugnaloni, que está no Rio expondo quatro trabalhos na galeria Colecionador Contemporâneo, no Shopping Cassino Atlãntico. A visita se tornou uma enriquecedora experiência sensível, pois o trabalho de Leila não pede simplesmente para "ser visto", dado que trata da recomposição luminosa da tridimensionalidade do objeto visual. O estratagema de Leila é muito particular: ela desmembra o espaço sem que os elementos percam as suas conecçõesl como um apoio, um anteparo ao olhar, sugerindo uma espécie de itinerário, como se o ato de ver não mais nos pertencesse, não houvesse sido determinado por nós, escapando ao nosso controle. Nos movemos para encontrar seguidas variações, como notações luminosas no espaço. Há uma precisa escala de tons luminosos que se desmancha e se recompõe de acordo com o nosso movimento. Entretanto, a harmonia desse "vago olhar" é preservada segundo um ritmo preciso que ela sugere com uma arquitetura feita de elementos paralelos, como um plissado sobre a superficie onde foi construído. Cada um desses elementos mostra individualmente um acurado trabalho cromático e um sentido de matéria, transformando esses precários elementos paralelos em unidades cuidadosamente trabalhadas. Eu os chamaria de "blocos de luz", pois o resultado é exatamente o de um palpitante feixe de luz que parece estar se desprendendo da parede. Um trabalho pessoal e uma novidade visual muito particular e imperdível. Obrigado, Leila! "

sexta-feira, 15 de julho de 2011

" PONTO DE PARTIDA"- próxima terça, dia 19 de julho, no Rio. Aberta até 12 de agosto.

Ponto de Partida



curadoria: Marco Antonio Teobaldo
...A Galeria Colecionador Contemporâneo estréia o seu mais novo espaço no próximo dia 19 de julho, com a mostra "Ponto de Partida". Como o próprio nome da coletiva sugere, sob a curadoria de Marco Antonio Teobaldo, será a primeira de muitas exposições que tem como objetivo explorar e dinamizar o espaço com arte contemporânea, que antes atuava somente como escritório de arte. Com esse desdobramento, a galeria Colecionador Contemporâneo pretende oferecer mais oportunidades aos que querem comprar obras de arte com valores acessíveis. A idéia surgiu do galerista e marchand Ludwig Danielian, que junto com seu irmão Luiz Danielian, querem estimular os novos colecionadores de arte. "Vamos reunir artistas experientes e novos, que trabalham em diversos suportes e linguagens. Estamos trabalhando em outras quatro exposições até o final do ano", conta animado Ludwig.






O curador da exposição, Marco Antonio Teobaldo reuniu na coletiva obras que transitam em territórios distintos, como a vídeo instalação interativa da dupla André Malinski e Bernardo Marques, com imagens de santos que mudam ao tocar o atabaque; seres enlatados criados pelo pintor surrealista Geléia da Rocinha, que transita entre o mundo Pop e primitivo; objetos lúdicos de Jorge Fonseca; telas com várias camadas de matertiais e traços gestuais de Paulo Carapunarlo. Segundo Teobaldo, o visitante terá que interagir de alguma maneira com a maioria dos trabalhos apresentados. É o caso da obra "módulos de luz" da artista Leila Pugnaloni, que vista de um lado ou de outro, revela imagens e cores diferentes.






"Ponto de Partida" apresenta um grupo de artistas com perfis distintos uns dos outros: André Malinski que se inspira nas expressões visuais da cultura religiosa regional e, Bernardo Marques que alia sua formação em informática com produção cultural para desenvolver obras interativas com o intuito de desmistificar e ressignificar a videoarte e a arte gráfica digital. A tecnologia uniu estes dois artistas que, apesar de viverem em cidades distantes, criam projetos comuns. Geléia da Rocinha, artista que iniciou a sua carreira artística a partir de pintura de faixas e letreiros populares. Autodidata, o artista assina capas de CDs, ilustrações e cenários de espetáculos musicais e eventos de moda. Com um traço diferenciado e habilidade intuitiva para combinar cores, desenvolveu sua técnica utilizando materiais reciclados como suporte. O mineiro, ex maquinista de trem, Jorge Fonseca que entre um trecho e outro, criava bordados influenciados por suas memórias da infância, percebeu que o mundo das artes era o seu verdadeiro trilho. Desde então, vem elaborando suas obras a partir de pesquisas com materiais e técnicas diversas, carregadas de significados. A carioca Leila Pugnaloni, que atualmente vive em Curitiba, estudou na Escola de Belas Artes do Paraná, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e na Art Students League of New York. Ela cria refinados desenhos com linhas soltas e precisas e desenvolve trabalho em pintura, que foi apreciado em textos de Paulo Herkenhoff, Paulo Leminski e Tadeu Chiarelli. Paulo Carapunarlo possui um refinado traço, que denota os movimentos gestuais característicos em seu trabalho. Em sua pesquisa, desenvolve uma ousada mistura de materiais que são apresentados em suas telas. Na sobreposição de camadas, o artista cria determinados sistemas em que a linha negra se torna protagonista da obra.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Próxima exposição dos meus trabalhos de pintura ( R.J.): PONTO DE PARTIDA-curadoria: Marco Antonio Teobaldo

Galeria COLECIONADOR CONTEMPORÂNEO ( Shopping Cassino Atlântico, Rio de Janeiro)
artistas: Andre' Malinski e Bernardo Marques, Geleia da Rocinha, Jorge Fonseca, Leila Pugnaloni, Paulo Carapunarlo
abertura: 19 de julho, 19h
visitação: 20 de julho a 7 de agosto

quarta-feira, 6 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Os Teus Pés (Pablo Neruda)


Quando não te posso contemplar
Contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
...Teus pequenos pés duros,
Eu sei que te sustentam
E que teu doce peso
Sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
A duplicada purpura
Dos teus mamilos,
A caixa dos teus olhos
Que há pouco levantaram vôo,
A larga boca de fruta,
Tua rubra cabeleira,
Pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem.