quinta-feira, 30 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
terça-feira, 28 de julho de 2009
Outra de Clarice Lispector
" Ali em pé na semi-escuridão do terraço, de repente mais suave, veio-lhe outra revelação ...
O que lhe veio foi a levemente assustadora certeza de que os nossos sentimentos e pensamentos são tão sobrenaturais como uma história passada depois da morte.
E ela (Lori) não compreendeu o que queria dizer ...deixou ficar, ao pensamento, porque sabia que ele encobria outro, mais profundo e mais compreensível. Simplesmente... descobria que pensar não lhe era natural.
Depois refletiu um pouco...não tinha um dia-a-dia. Era uma vida-a-vida. E que a vida era sobrenatural.
Naquela hora da noite conhecia esse grande susto de estar viva...A vida era tão forte que se amparava no próprio desamparo...estar viva _ sentiu ela _ teria de agora em diante, que fazer o seu motivo e tema."
( para Carla Vendrami Malucelli, super artista e intelectual, amiga, que faleceu tão jovem, ontem de noite, assim: sem mais, nem menos...)
O que lhe veio foi a levemente assustadora certeza de que os nossos sentimentos e pensamentos são tão sobrenaturais como uma história passada depois da morte.
E ela (Lori) não compreendeu o que queria dizer ...deixou ficar, ao pensamento, porque sabia que ele encobria outro, mais profundo e mais compreensível. Simplesmente... descobria que pensar não lhe era natural.
Depois refletiu um pouco...não tinha um dia-a-dia. Era uma vida-a-vida. E que a vida era sobrenatural.
Naquela hora da noite conhecia esse grande susto de estar viva...A vida era tão forte que se amparava no próprio desamparo...estar viva _ sentiu ela _ teria de agora em diante, que fazer o seu motivo e tema."
( para Carla Vendrami Malucelli, super artista e intelectual, amiga, que faleceu tão jovem, ontem de noite, assim: sem mais, nem menos...)
segunda-feira, 27 de julho de 2009
domingo, 26 de julho de 2009
sábado, 25 de julho de 2009
Clarice Lispector
"...Era uma iniciada no mundo.
o que lhe parecia um milagre. Se bem que não fosse dada a milagres, ela era daqueles que rolam pedras durante a vida toda....
Se bem que tinha visões fugitivas, verdadeiros quadros que se esvaneciam, antes de adormecer.....falava disso a Ulisses ....
Milagres não. Mas coincidências. Vivia de coincidências, vivia de linhas que incidiam e cruzavam e, no cruzamento, formavam um leve e instantâneo ponto, tão leve e instantãneo que era mais feito de segredo ..."
o que lhe parecia um milagre. Se bem que não fosse dada a milagres, ela era daqueles que rolam pedras durante a vida toda....
Se bem que tinha visões fugitivas, verdadeiros quadros que se esvaneciam, antes de adormecer.....falava disso a Ulisses ....
Milagres não. Mas coincidências. Vivia de coincidências, vivia de linhas que incidiam e cruzavam e, no cruzamento, formavam um leve e instantâneo ponto, tão leve e instantãneo que era mais feito de segredo ..."
presente de Karina Marques (artista visual, Castro-PR)
sexta-feira, 24 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
CAMILLE CLAUDEL * Artiste Sculpteur
outra gentileza do Tony Bocchi, com música do Keith Jarrett(The cure-body and soul);
Camille amou demais.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
1988- Alphavelas, texto do Leminski pra mim...
Ao vê-las, a primeira vez, exclamei: - Alphavelas!, aqueles espectros de cidade, favelas subindo morro acima em megalópoles interplanetárias, alphavilles de Flash Gordon/ Blade Runners.
Miragem figurativa minha, ilusão de ótica de um repertório inferior que quer ver formas do mundo onde só existem formas cheias de si mesmas.
Mas não há só figura e não-figura: há, sobretudo, um território limítrofe, transfigurado.
Alphavelas de Leila-transfigurações. A fronteira é o país mais emocionante, a indecisão como fonte de prazer significante.
Uma alphavela é uma cidade nesse território: alphavelas matutinas, vespertinas, noturnas, contemporâneos futuros. A cidade não é um mero fruto da necessidade e do acaso: é um arquétipo da mente.
As alphavelas de Leila são arquétipos da sensibilidade, portas/janelas para uma desmedida dimensão.
Paulo Leminski 1988
Miragem figurativa minha, ilusão de ótica de um repertório inferior que quer ver formas do mundo onde só existem formas cheias de si mesmas.
Mas não há só figura e não-figura: há, sobretudo, um território limítrofe, transfigurado.
Alphavelas de Leila-transfigurações. A fronteira é o país mais emocionante, a indecisão como fonte de prazer significante.
Uma alphavela é uma cidade nesse território: alphavelas matutinas, vespertinas, noturnas, contemporâneos futuros. A cidade não é um mero fruto da necessidade e do acaso: é um arquétipo da mente.
As alphavelas de Leila são arquétipos da sensibilidade, portas/janelas para uma desmedida dimensão.
Paulo Leminski 1988
sábado, 18 de julho de 2009
Lema: 20 anos depois
Fotografo desconhecido.
Vai ao ar nesta segunda, 20, pela TV Brasil, o programa De lá pra cá, apresentado pelo jornalista Ancelmo Gois, em homenagem a Paulo Leminski (na foto, em sua casa na Cruz do Pilarzinho). Vai traçar um panorama da vida e da obra do poeta, 20 anos após a sua morte. Destaque para os depoimentos atualizados de Wilson Bueno, Ivo Rodrigues e Toninho Vaz, que conviveram com o poeta. Tema unico do programa. Às 22 horas. Pode preparar a caipirinha.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Caetano em Curitiba, inverno 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Jean Dubuffet acreditava na criação proveniente de fontes próprias, livres de influências teóricas
Como parte dos eventos do Ano da França no Brasil, o Instituto Tomie Ohtake traz pela primeira vez à América do Sul uma retrospectiva de Jean Dubuffet (1901-1985), o maior artista francês da segunda metade do século XX.
Até 7 de setembro de 2009, de terça a domingo, das 11h às 20h
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés)
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés)
Pinheiros SP
Fone: 11.2245-1900
Um presente de Tony Bocchi (NY) Lamentation - Martha Graham
Lamentation - Martha Graham
Choreography: Martha Graham
Music by: Zoltan Kodaly
Danced by: Peggy Lyman
Created in 1930, filmed in 1976.
Martha Graham Dance Company
quarta-feira, 15 de julho de 2009
http://cosmoscrist.blogspot.com
terça-feira, 14 de julho de 2009
MENSAGEM DO CRIST
Hola Leila
suelo ver tus trabajos en el blog de Solda.
Me parecen muy originales , con economia de recursos logras imagenes de mucha belleza, llenos de fuerza y de una estetica personal.
Me gustaria tener en mi casa un dibujo tuyo.
Crist
suelo ver tus trabajos en el blog de Solda.
Me parecen muy originales , con economia de recursos logras imagenes de mucha belleza, llenos de fuerza y de una estetica personal.
Me gustaria tener en mi casa un dibujo tuyo.
Crist
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Manoel Carlos Karam,texto publicado no livro Traços de Luz, da fotógrafa Ana Barrios, lançado em 2007
Idéias em forma de luz
(Era uma vez.)
Uma história: procurava a luz, ao mesmo tempo era procurada pela luz. Encontrou e foi encontrada. A mão no pincel, a luz na ponta do pincel.
Nada se perde, tudo se transforma em luz. Luzes em linha reta, luzes paralelas, luzes que se encontram aquém do infinito.
Não há pincel, não há tinta, basta uma varinha mágica.
As mãos e a obra
(Eram duas vezes.)
Ateliê = andaime.
Descrição de um ateliê: vaivém, entra-e-sai, algaravia interna, som da rua, música, telefone, paz. Sempre assim no Rio, New York, Brasília, Curitiba.
(No ateliê de Curitiba, exclusividade, o abanar de rabo da Valentina.)
A Leila que fugiu da escola faz do ateliê o lugar de preencher o vazio, o lugar de ter consciência do inconsciente, o lugar de mixar influências e afluências, o lugar.
Foi no ateliê onde, um dia, sem tinta, restou usar a luz do sol.
Jardim com rodas
(Eram três vezes)
A reinvenção do jardim seguida da reinvenção da roda.
A reinvenção da roda seguida da reinvenção do trânsito.
A reinvenção do trânsito seguida da reinvenção da travessia.
Jardins Transportáveis: planta + desenho sobre papel sob placa de vidro. (No jardim nascem traços.)
Jardim com direito de ir e vir.
Leila reinventada, Ana reinventada, a tribo reinventada.
(Eram n vezes.)
(Era uma vez.)
Uma história: procurava a luz, ao mesmo tempo era procurada pela luz. Encontrou e foi encontrada. A mão no pincel, a luz na ponta do pincel.
Nada se perde, tudo se transforma em luz. Luzes em linha reta, luzes paralelas, luzes que se encontram aquém do infinito.
Não há pincel, não há tinta, basta uma varinha mágica.
As mãos e a obra
(Eram duas vezes.)
Ateliê = andaime.
Descrição de um ateliê: vaivém, entra-e-sai, algaravia interna, som da rua, música, telefone, paz. Sempre assim no Rio, New York, Brasília, Curitiba.
(No ateliê de Curitiba, exclusividade, o abanar de rabo da Valentina.)
A Leila que fugiu da escola faz do ateliê o lugar de preencher o vazio, o lugar de ter consciência do inconsciente, o lugar de mixar influências e afluências, o lugar.
Foi no ateliê onde, um dia, sem tinta, restou usar a luz do sol.
Jardim com rodas
(Eram três vezes)
A reinvenção do jardim seguida da reinvenção da roda.
A reinvenção da roda seguida da reinvenção do trânsito.
A reinvenção do trânsito seguida da reinvenção da travessia.
Jardins Transportáveis: planta + desenho sobre papel sob placa de vidro. (No jardim nascem traços.)
Jardim com direito de ir e vir.
Leila reinventada, Ana reinventada, a tribo reinventada.
(Eram n vezes.)
domingo, 12 de julho de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)