A Queimada
"Queime tudo o que puder :
as cartas de amor
as contas telefônicas
o rol de roupas sujas
as escrituras e certidões
as inconfidências dos confrades ressentidos
a confissão interrompida
o poema erótico que ratifica a impotência e anuncia a arteriosclerose
os recortes antigos e as fotografias amareladas.
Não deixe aos herdeiros esfaimados nenhuma herança de papel.
Seja como os lobos :
more num covil e só mostre à canalha das ruas os seus dentes afiados.
Viva e morra fechado como um caracol.
Diga sempre não à escória eletrônica.
Destrua os poemas inacabados, os rascunhos, as variantes e os fragmentos
que provocam o orgasmo tardio dos filólogos e escoliastas.
Não deixe aos catadores do lixo literário nenhuma migalha.
Não confie a ninguém o seu segredo.
A verdade não pode ser dita."
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Mário de Andrade
"...assim como o provérbio, o desenho é ao mesmo tempo uma transitoriedade e uma sabedoria. Não representa nenhuma eternidade, mas a verificação de um momento.Desenhos são para a gente folhear, são para serem lidos que nem poesias, são haicais, são rubaes, são quadrinhas e sonetos".
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
do livro "Longa Vida",1979-1981,de Armando Freitas Filho, Editora Nova Fronteira, RJ, pag 97.
Leila Pugnaloni
tão longe, lointain
a léguas
em qualquer língua
longínquo punhal de mel
volte logo
de Londres- Curitiba
e me atravesse
pois para quem espera
seis dias ou seis meses
podem parecer seis séculos
e o coração que bate
e lança
e corre
atropelado na Av. Rio Branco
dentro
do elevador
de si mesmo
subindo e descendo
na escada rolante da Sears
na escala volante do pensamento
o coração que mergulha
apunhalado
em frente ao Sol
no meio da onda
em pleno verão
sabe
que na verdade nada temos
a fazer na vida
( já que ela vive sem nós)
a não ser
inventá-la
a partir do ar
a partir
da linha do horizonte
como quem desenha
a partir
do branco
como quem escreve
na beira do espaço
seu nome
Leila Apunhalante
tão longe, lointain
a léguas
em qualquer língua
longínquo punhal de mel
volte logo
de Londres- Curitiba
e me atravesse
pois para quem espera
seis dias ou seis meses
podem parecer seis séculos
e o coração que bate
e lança
e corre
atropelado na Av. Rio Branco
dentro
do elevador
de si mesmo
subindo e descendo
na escada rolante da Sears
na escala volante do pensamento
o coração que mergulha
apunhalado
em frente ao Sol
no meio da onda
em pleno verão
sabe
que na verdade nada temos
a fazer na vida
( já que ela vive sem nós)
a não ser
inventá-la
a partir do ar
a partir
da linha do horizonte
como quem desenha
a partir
do branco
como quem escreve
na beira do espaço
seu nome
Leila Apunhalante
domingo, 7 de fevereiro de 2010
AULAS NO ATELIER. Participa, vai...
Inscrições : (41) 9915 95 07
leilapugnaloni@uol.com.br
A PARTIR DE 22 DE FEVEREIRO
1 )AULAS PARTICULARES (HORÁRIO A COMBINAR) – MENSALIDADE- R$ 150,00
2 )PESQUISA AVANÇADA EM PINTURA -TERÇAS, DAS 17:30 hs ÀS 21:00 hs- MENSALIDADE - R$ 300,00
3 )O DESENHO E SUAS POSSIBILIDADES - QUINTAS, DAS 17:30 hs ÀS 20:00 hs -MENSALIDADE-R$ 120,00
leilapugnaloni@uol.com.br
A PARTIR DE 22 DE FEVEREIRO
1 )AULAS PARTICULARES (HORÁRIO A COMBINAR) – MENSALIDADE- R$ 150,00
2 )PESQUISA AVANÇADA EM PINTURA -TERÇAS, DAS 17:30 hs ÀS 21:00 hs- MENSALIDADE - R$ 300,00
3 )O DESENHO E SUAS POSSIBILIDADES - QUINTAS, DAS 17:30 hs ÀS 20:00 hs -MENSALIDADE-R$ 120,00
sábado, 6 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Anaïs Nin
"...Eu aprecio também os não-artistas, porque para mim o artista é simplesmente aquele que, graças a sua habilidade, pode transformar a realidade de todos os dias numa criação maravilhosa. Não estava me referindo apenas à criação artística mas à criação na própria vida: a criação de uma criança, de um jardim, de uma casa, de um vestido. Estava pensando em todos os tipos de criação. Não apenas nas verdadeiras obras de arte, mas na faculdade de curar, de consolar, de elevar o nível da vida, transformando-a através de nossos esforços. Estava falando do desejo de criar...que se opõe à neurose como possibilidade da nossa salvação."
Anaïs Nin, "Em busca de um homem sensível", Ed. Brasiliense, pág 60
Anaïs Nin, "Em busca de um homem sensível", Ed. Brasiliense, pág 60
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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